Poesia, Poema
Poesia também do Grego, poíesis, que quer dizer, "ação de criar alguma coisa".
Poema, do Grego, poiema, significando "o que se faz".
Em primeiro lugar devemos compreender que a questão formal não caracteriza a poesia. Fazer versos não é fazer poesia. Aristóteles já alertava que o uso do verso não torna ninguém um poeta.
Em segundo lugar, poemas e poesias serão reconhecidos pelos seguintes fatores:
- Um poema ou poesia é carente de lógica, pois seu conteúdo tem que ser intrinsecamente, as emoções do "eu";
- Não existe relação passado, presente, futuro. Existe unicamente um presente eterno. Daí ser possível reconhecer um poema, poesia pelo turbilhão de metáforas. Metáforas intercaladas num círculo vicioso, onde a palavra do final volta para a palavra inicial;
- Não existe narração num poema ou poesia. Numa poesia não há fatos, e sim estados. Não há enredo. Deve conter as situações que povoam o "eu" do poeta, um ser solitário e conflituoso.
Resumindo: vamos reconhecer uma poesia, ou um poema, não pela presença de versificação mas sim se:
- Não obedecer à lógica formal
- Contiver as emoções do "eu" do autor
- Não for cronológico
- Não contiver narrativa
Crônica
Crônica, vem do Grego, krónos, que significa "tempo" e do Latim, annum, ano, ou ânua, significando, "anais".
A crônica se destina a publicação em jornal ou revista. Por isso mesmo, já se pode deduzir que deve estar relacionada com acontecimentos diários. Se diferencia evidentemente da notícia, pois não é feita por um jornalista e sim por um escritor, mas se aproxima de sua forma. É o acontecimento diário sob a visão criativa do escritor. Seus personagens podem ser reais ou imaginários. Não é mera transcrição da realidade, mas sim uma visão recriada dessa realidade por parte da capacidade lírica e ficcional do autor. Normalmente, por se basear em fatos do cotidiano, ela tende a se desatualizar com o passar do tempo. Nem por isso deixa de perder seu sabor literário quando agrupamos um conjunto delas em um livro.
O cronista é essencialmente um observador, um espectador que narra literariamente a visão da sociedade em que vive, através dos fatos do dia-a-dia.
Conto, Novela, Romance
Novela, do Latim, novellam, ou seja:, "nova .
Romance, do Latim romanice, que quer dizer, "em língua românica".
Conto, do Latim computum, ou seja, "cálculo, conta", ou do Grego kóntos, "extremidade da lança", ou commentum, "invenção, ficção".
Acho que a primeira coisa que devemos tirar da cabeça é aquela história de que a diferença entre esses três gêneros é a quantidade, ou seja, o conto é curto, a novela, mais ou menos, e o romance é longo. Nada disso é verdadeiro. Existem novelas maiores que romances e contos maiores que novelas.
Onde está a diferença?
Gosto muito do conceito de unidade dramática, ensinado pelo eminente doutor em literatura, Professor Vicente Ataíde, que denominamos de "Célula Dramática" e que passo a utilizar para uma boa compreensão do assunto.
O Conto contém apenas um único drama, um só conflito. Esse drama único pode ser chamado de "célula dramática". Uma célula dramática contém uma só ação, uma só história. Um conto é um relâmpago na vida dos personagens. Não importa muito seu passado, nem seu futuro, pois isso é irrelevante para o contexto do drama, objeto do conto. O espaço da ação é restrito. A ação não muda de lugar e quando eventualmente muda, perde dramaticidade. O objetivo do conto é proporcionar uma impressão única no leitor.
Podemos, pois, resumir em quatro os ingredientes que caracterizam o conto:
- Uma ação;
- Um lugar;
- Um tempo;
- Um tom.
Em outras palavras, um conto contém uma única Célula Dramática.
Cabe aqui ressaltar alguns tipos específicos de contos como a fábula, o apólogo e a parábola.
Fábula - Protagonizada geralmente por animais, pretende encerrar em sua estrutura dramática alguma "moral" implícita ou explícita.
Apólogo - Protagonizado geralmente por objetos que falam, também como a fábula, pretende conter uma "moral", implícita ou explícita.
Parábola - Narrativa curta, pretendendo conter alguma lição ética, moral, implícita ou explícita, diferenciando-se da fábula e do apólogo, por ser protagonizada por pessoas.
Voltando, contudo, ao Conto em geral, e entendido esse conceito de Célula Dramática, podemos mais facilmente compreender o que é uma novela. Uma novela nada mais é que uma sucessão de Células Dramáticas, como se fossem arrumadas em uma linha reta infinita. Face a essa estrutura é sempre possível, acrescentar mais uma Célula Dramática, mesmo depois de terminada a novela.
Com esse conceito de "arrumação", podemos compreender a diferença entre uma novela e um romance. Essa diferença está na forma como as células estão dispostas. Num romance, elas estão concatenadas, formando um círculo. Uma estrutura fechada. Uma sucessão lógica com um encerramento definitivo. Seria impossível acrescentar mais uma Célula Dramática, depois de terminado um romance.
Consolidando as idéias:
- Um Conto é uma narrativa ficcional contendo uma única Célula Dramática.
- Uma Novela é uma narrativa ficcional contendo uma sucessão linear de Células Dramáticas.
- Um Romance é uma narrativa ficcional contendo uma sucessão circular fechada de Células Dramáticas.
Biografia
A Biografia (do grego antigo: βιογραφία , de βíος - bíos, vida e γράφειν – gráphein, escrever) é um gênero literário em que o autor narra a história da vida de uma pessoa ou de várias pessoas. De um modo geral as biografias contam a vida de alguém depois de sua morte, mas na atualidade isso vem mudando.
Lenda
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana.
Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas.
Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma mentira, nem tão pouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos.
Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas frutos da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios".
História em Quadrinhos
Quadrinhos, a primeira vista achamos que pode ser uma sequência de quadros?! É realmente isso mesmo.
Uma definição bem simples é que os quadrinhos são uma sequência de quadros que expressam uma história, informação, ação, etc.
História em quadrinhos, quadrinhos, gibi é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos.
São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.
São conhecidos como comics nos Estados Unidos, bande dessinée na França, fumetti na Itália, tebeos na Espanha, historietas na Argentina, muñequitos em Cuba, mangá no Japão.
A história em quadrinhos é chamada de “Nona Arte” dando seqüência à classificação de Ricciotto Canudo. O termo “arte sequencial” (traduzido do original sequential art), criado pelo quadrinista Will Eisner com o fim de definir “o arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma idéia”, é comumente utilizado para definir a linguagem usada nesta forma de representação.
Uma fotonovela e um infográfico jornalístico também podem ser considerados formas de arte sequencial.
Fontes: ProTexto, Wikipédia, Multimidia HQ
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